Política de dividendos
INTRODUÇÃO
Existem dois destinos possíveis para os lucros gerados por uma empresa: Serem distribuídos para os seus acionistas ou reinvestidos na empresa, podendo essa divisão ser total ou parcial. O que norteia essa decisão é a política de dividendos adotada pela empresa. A parcela de lucros que é distribuída para os acionistas é denominada de DIVIDENDOS, e compõe parte da remuneração que os acionistas recebem pelo capital investido na empresa. De acordo com a fórmula de Gordon, o preço de uma ação é dado por:
P0 = D1 / ( ks - g )
onde, ks = custo do capital próprio da empresa
D1 = dividendos por ação esperados no ano 1
P0 = preço corrente da ação ordinária g = taxa anual de crescimento constante nos dividendos e lucros
Assim, um aumento de dividendos (D1) tende a aumentar o valor das ações da empresa. Mas por outro lado, se mais lucros são distribuídos como dividendos, haverá menos dinheiro disponível para investimentos da empresa, e suas perspectivas de crescimento futuro são negativamente afetadas (g), reduzindo o valor de suas ações. O aumento dos dividendos tem então dois efeitos contrários. Considerando que o objetivo da empresa é maximizar o seu valor para os acionistas, a política de dividendos ideal será aquela que maximiza o valor da empresa, através do correto equilíbrio entre dividendos correntes e o crescimento futuro.
FATORES QUE INFLUENCIAM A POLÍTICA DE DIVIDENDOS
Diversos fatores influenciam a política de dividendos da empresa, entre eles:
Oportunidades de investimento da empresa
Capacidade de levantar empréstimos
Preferência dos acionistas para receita corrente ou futura
Tributação
Existem três teorias que tentam explicar como se processa a interação entre esses fatores para determinar qual a política de dividendos ideal para uma empresa.
TEORIA DA IRRELEVÂNCIA DOS DIVIDENDOS
Franco Modogliani e Merton Miller ( M e M), em trabalho que se tornou um clássico na