Para que ensinar ortografia?

Atualmente a maior preocupação da escola é dar conta da leitura e produção de texto, pensado na acepção daquilo que o aluno leu e compreendeu. Evidentemente que a escola jamais deve abrir mão da leitura e da produção de textos como norteadores do trabalho com a Língua Portuguesa, porém cremos ser necessário um ensino ordenado da língua escrita, uma vez que a escola exige a correção daquilo que o aluno escreve, porém lhe dá poucas oportunidades para conjecturar com ele acerca das dificuldades ortográficas da nossa língua. Há a precisão de ultrapassar esse desvio, deixando de primar basicamente em avaliar, verificando o conhecimento ortográfico dos alunos, a escola precisa investir mais em ensinar, de fato, a ortografia. E não adianta o professor da área de Língua Portuguesa não crer nessa situação já que seu aluno é interdisciplinar e necessita desse conhecimento básico para não se frustrar diante das demais disciplinas.

A situação é relevante já que escrever corretamente é fator de aprovação ou reprovação dentro e fora da escola. Muitas pessoas são censuradas, discriminadas mesmo depois de anos de escolaridade e se sentem constrangidas quando têm que escrever seus próprios textos, com medo de errar.
Cabe a nós que somos educadores, rever nossa atitude para com o erro ortográfico independente em qual disciplina atuamos, uma vez que todos nós da educação possuímos formação acadêmica.

O que vale aqui esclarecer é que a escrita ortográfica é uma convenção para que se possa estabelecer uma comunicação escrita. Não se pode aceitar que educadores ainda acreditem que se trata de uma imposição inútil, que tudo seria mais simples se pudéssemos escrever da forma como falamos. Esquecemo-nos do fato da língua falada sofrer variações de região para região, de grupo sociocultural e de época para época.

Por meio da produção intensa de textos e sua reescrita os alunos progridem em suas informações sobre a língua escrita; mas não devemos acreditar que eles aprendam