No filme doze homens e uma sentença de 1957
No filme doze homens e uma sentença de 1957, consiste na reunião de doze homens que foram convocados para sentenciar ou inocentar, como um júri, um jovem acusado de assassinar o pai durante uma briga. O coordenador do júri propôs uma votação para decidir o veredicto, o resultado da votação só valeria se fosse unânime. O resultado da primeira votação foi de onze a um, onde um dos integrantes do júri discordava da sentença. Percebemos então, que existe uma movimentação de rejeição do grupo em relação ao homem que não atendia a expectativa dos outros. Observamos este mesmo movimento no texto “Experiências com Grupos” escrito por W. R Bion em que reflete que “o que é então revelado acha-se em acentuado contraste com as expectativas que os membros do grupo tinham, antes de chegar aqui” ou seja, o filme demonstra de maneira clara que os onze homens já tinham um conceito pré estabelecido do que seria decidido na reunião. Podemos compreender a dificuldade do homem em se opor a opinião geral colocando a sua visão sobre o fato em pauta; no texto Bion reflete essa questão sobre a relevância da própria posição, nos seguintes trechos “posso ver que minhas declarações devem parecer ao grupo tão inexatas como o são geralmente as opiniões de nossa própria posição numa determinada sociedade, e além disso, possuírem pouca relevância ou importância para qualquer pessoa, à exceção de mim mesmo” e “noutras palavras, foram difícil ao membro individual transmitir ao grupo significados diferentes daqueles que o grupo deseja manter”. No decorrer do filme vemos essa mesma situação de decisões contrárias, e uma dificuldade de aceitar a individualidade do outro dentro do grupo. Nota-se que, a função do coordenador que deveria ser o suposto líder permanecia-se de forma passiva e esse espaço era preenchido por outros, tornando a reunião um tanto quanto desorganizada por não possuir essa figura de autoridade. Nas cenas do filme que demonstram o