Mead

Margaret inicia Sexo e temperamento apontando a maneira impressionante na qual o ser humano “primitivo” se desenvolveu junto com seu ambiente natural, definindo dia e noite, mudança das estações, fases da lua, a desova dos peixes e a migração dos animais e sua diferenciação e separação; definindo também pontos importantes como as aptidões físicas, a idade (nascimento à fase de maturação e velhice) e o sexo, o parentesco consanguíneo, as separações de casta e categoria, ideia de religião etc.
Cada povo se desenvolve de forma diferente de acordo com a ênfase dada a cada atributo humano como os já citados anteriormente e toda uma estrutura de valores também é construída numa sociedade simples ou homogênea também de acordo com alguns dotes, assim como alguns são considerados antiéticos e cabíveis a punição. A cultura de cada povo incorpora esses valores firmemente a todos os âmbitos da sociedade: à estrutura, sistema politco e religioso, sua arte e literatura e cada geração nova é remodelada de acordo com as tendências dominantes. A partir dessa argumentação em que cada cultura cria um modo diferente a tessitura social, pode se esperar que cada indivíduo nasça e se desenvolva influenciado a um certo tipo de conduta independente de idade, sexo ou tendências especiais como motivos para elaboração diferencial. Exemplo de sociedades e diferenças que podem levar ao estranhamento são como sociedades do Masai e dos Zulus aplicam um nivelamento por idade como ponto básico de organização e os Akikiyo da África Oriental consideram um drama maior a destituição cerimonial da geração velha pela mais jovem. Os índios aborígenes siberianos elevaram um indivíduo com instabilidade nervosa à dignidade xamã, assim como os Mundugumor da Nova Guiné consideram as crianças que nascem com o cordão umbilical enrolado no pescoço pessoas com total aptidão artística de caráter definitivo e indiscutível enquanto os que não nascem com essa característica trabalham com humildade e sem arrogância