Marcha Atlética
1. REGRAS DA MARCHA ATLÉTICA
Segundo a Regra 230 da IAFF por definição a marcha atlética é uma forma de progressão por passos na qual se estabelece contato com o solo de tal forma que não seja visível (a olho nu) qualquer perda de contacto com os dois apoios em simultâneo. A perna que avança terá de estar estendida (isto é, não flexionada pelo joelho) desde o momento em que entra em contato com o solo, à frente, até à passagem pela posição vertical. Perda de Contacto com os dois apoios Flexão do joelho
2. BIOMECÂNICA
A marcha atlética é um gesto complexo, mas uma correta técnica de marcha permite uma melhora no desempenho. Uma aprendizagem correta dessa técnica é um pré-requisito fundamental para se alcançar um alto nível já que a mesma permite integrar os aspectos fisiológicos com um baixo custo energético. Uma técnica ineficaz advém de uma fraca coordenação neuromuscular e/ou de falta de força nos músculos utilizados movimentos de marcha. Uma falta de flexibilidade poderá ainda condicionar a eficácia da técnica de marcha.
3. O ENSINO DA MARCHA NOS ESCALÕES DE FORMAÇÃO
O treinador deve promover o ensino da marcha atlética tal como o ensino das outras disciplinas do atletismo, recomendadas para a formação do jovem desportista. Ele deverá entender a marcha atlética como fazendo parte de um conjunto alargado de técnicas desportivas e introduzi-la nos seus planejamentos.
A marcha atlética por ser um dos meios para o desenvolvimento da resistência aeróbia, o treinador poderá utilizá-la numa sessão de treino em que pretende treinar a resistência do seu grupo de atletas, podendo alternar com a corrida de resistência ou utilizar ambas na mesma unidade de treino.
Recomenda-se uma progressão em termos de volume de treino ao longo da época e ao longo dos escalões:
- Benjamins: ensino da técnica e 15 minutos de marcha.
- Infantis: 25 minutos de marcha numa sessão de treino.
- Iniciados: 35 minutos de marcha numa sessão de treino.
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