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Coadjuvantes, ‘professores’ negros têm as portas dos grandes fechadas
O funil natural imposto a quem pendura as chuteiras e quer continuar no futebol é muito mais cruel para quem almeja um posto como treinador. O exemplo atual mais citado é o de Andrade. Ídolo da maior torcida do país, foi campeão brasileiro no comando do Flamengo em 2009, mas nunca mais teve uma chance em um grande clube. Ex-jogador e ex-gerente de futebol do clube carioca, Júnior revelou que Andrade sofria preconceito de outros dirigentes. “O Andrade não foi escolhido para treinar o Flamengo. Era auxiliar e foi ficando como quebra um galho”, afirmou o treinador Lula Pereira. Em entrevista para à Gazeta do Povo, o pernambucano criticou a falta de oportunidades motivada pelo preconceito. “Já deixei de ser contratado por ser preto”, admitiu. Técnico do time alternativo do Coritiba na largada do Paranaense de 2014, Zé Carlos confessa comemorar o fato de não ter encarado nenhuma situação desagradável como treinador. Mas confessa não saber se o seu sucesso se limitou à base por causa da cor.

Uma das grandes conquistas do futebol brasileiro foi a integração de jogadores negros. O que hoje parece tão normal, não foi sempre assim. Há 90 anos, um time brasileiro deu exemplo contra a discriminação racial. Esse é o tema da segunda reportagem da série especial "O País do Futebol”.
O futebol é o esporte mais popular do país e, portanto, um reflexo genuíno da sociedade brasileira. A miscigenação de raças, culturas e credos está estampada na seleção e na arquibancada. Nos últimos meses, jogadores brasileiros têm sofrido com atitudes que não cabem, em nenhum momento, na história da humanidade.
Em abril, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) lançou a campanha “Somos Iguais” e divulgou um vídeo com a participação de atletas envolvidos em casos de racismo.
“O Brasil sempre foi um país racista. Não é de surpreender, portanto, essas manifestações que estão ocorrendo hoje. É como se, de repente,

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