Jogo e Cultura Ed

Jogo

O autor fala que o jogo é tão antigo quanto o homem. Sustentado por Piaget, revela que os animais também desfrutam desse artifício de entretenimento, “brincam tal como os homens”, apesar da atividade lúdica deles ser de origem reflexa ou instintiva. É dito também que a cultura se formou por meio do jogo.
É discutido a posição do autor na relação jogo-trabalho. O que se tem contra é a afirmação de teóricos norte-americanos que falam que o jogo não possui um correto ordenamento, ao contrário das supostas sérias características do trabalho. Em favor da semelhança entre os dois é exposto que o jogo organiza a realidade objetiva, consciente e subjetiva, inconsciente. Foram destacadas, portanto, algumas características dos mais diversos tipos de jogos que provam o lugar do jogo no mesmo patamar dado ao trabalho. Posteriormente, respaldado em Piaget, faz-se uma classificação dos jogos de acordo com os seus objetivos e implicações educacionais.
De acordo com o desenvolvimento da criança, ganham destaque três formas de jogo, o sensório-motor, simbólico e o de regras. O sensório-motor envolve a maturação do aparelho motor. O simbólico, segunda etapa do desenvolvimento da criança no jogo ao longo da vida, é baseado em ficção, o lúdico ganha mais valor aqui. E o de regras visa à integração social, pois através da aplicação efetiva de regras, tem-se o espírito cooperativo.
Faz-se uma análise dos benefícios do jogo aplicados a uma lógica tangente ao âmbito escolar. Seu semblante educativo e socializador é exposto na tentativa de colocar a importância da sua participação dentro das escolas com a devida aplicação pelo pedagogo. Com relação, especificamente, ao caráter socializador do jogo, faz-se alusão à evolução da fase simbólica para a fase de regras. Finalmente, o jogo é encarado pelo autor como uma forma de superar a si próprio, fazendo com que o aluno evolua cada vez mais e consciente da conjuntura social em que está inserido.