Homen Cultura E Sociedade 02

Leia o texto a seguir e responda às questões propostas.

A ditadura do relógio
“Não há nada que diferencie tanto a sociedade ocidental de nossos dias das sociedades mais antigas da Europa e do Oriente do que o conceito de tempo. Tanto para os antigos gregos e chineses quanto para os nômades árabes, ou o peão mexicano de hoje, o tempo é representado [...] pela sucessão dos dias e noites, pela passagem das estações. Os nômades e os fazendeiros costumam medir – e ainda hoje o fazem – seu dia do amanhecer até o crepúsculo [pôr do sol], e os anos em termos de tempo de plantar e de colher, das folhas que caem e do gelo derretendo nos lagos e nos rios. O homem do campo trabalhava em harmonia com os elementos, como um artesão, durante tanto tempo quanto julgasse necessário. O tempo era visto como um processo natural de mudança, e os homens não se preocupavam em medi-Io com exatidão. [...] O homem ocidental civilizado, entretanto, vive num mundo que gira de acordo com [...] horas marcadas pelo relógio. É ele que vai determinar seus movimentos e dificultar suas ações. O relógio transformou o tempo, transformando-o de um processo natural em uma mercadoria que pode ser comprada, vendida e medida como um sabonete ou um punhado de uvas. [...] Refeições feitas às pressas, a disputa de todas as manhãs e de todas as tardes por um lugar nos trens e nos ônibus, a tensão de trabalhar obedecendo a horários, tudo isso contribui [...] para arruinar a saúde e encurtar a vida dos homens.” G. Woodcock. A rejeição da política.
Maria Lucia de A. Aranha; Maria Helena P. Martins. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993. p. 249-250. 1.

Primeira questão Quais são os diferentes conceitos de tempo apresentados no texto?
Segunda questão
O que significa conceituar tempo como mercadoria?
Terceira questão
Podemos afirmar que atualmente vivemos presos às marcações do relógio? Justifique sua resposta e exemplifique com situações cotidianas.

“Além dos seres vivos e da