Desafio Profissional

INTRODUÇÃO
O modelo educacional que se constrói na sociedade brasileira atualmente, tem como base o direito à educação para todos. A educação entendida como uma humanização dos sujeitos sociais, deve, portanto, possibilitar saberes, conhecimentos e aquisição de sistemas de símbolos das ciências, das artes, das linguagens, pela compreensão da memória, das identidades, dos valores, das culturas, pelo direito de acesso, numa perspectiva crítica, aos conhecimentos socialmente construídos pela humanidade.
O currículo da escola, deve trabalhar em prol da formação de identidades abertas à pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos, numa perspectiva de educação para a cidadania, para a paz, para a ética nas relações interpessoais, para a crítica às desigualdades sociais e culturais.

Para dar conta da formação do cidadão do século XXI, a escola deve estar comprometida em propiciar, através de diversas linguagens, a construção do saber, do conhecimento, preparando o educando para a transformação do mundo. Pela convivência com as diversas manifestações culturais, impregnadas de crenças, costumes e valores, espera-se que cada indivíduo passe a reconhecer e respeitar o direito do outro à diversidade.
No entanto, tudo isso tem se desenvolvido de modo muito tenso e tem levado à muitas dúvidas e indagações sobre a docência. Como ser professor num contexto onde se exige saberes que vão muito além dos saberes da disciplina e da própria docência? Como ser professor numa perspectiva de ensino para todos? Como acolher os diferentes modos de agir de nossos educandos? Como valorizar as aprendizagens que os educandos já trazem?
O primeiro passo desse desafio é analisar as legislações que amparam o respeito às diversidades culturais e avaliar as implicações práticas do multiculturalismo na construção do Projeto Político Pedagógico Curricular das escolas, apresentando os principais pontos que tratem dessas necessidades, presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional