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Getúlio Vargas e o desafio da indústria pesada
Getúlio Vargas tentou implantar as bases de uma indústria pesada no país. A proposta de Vargas restringiu as possibilidades de financiamento externo desses projetos ou a participação de capitais estrangeiros na forma de investimentos diretos.
Era uma acumulação financiada internamente pelas altas taxas de lucro da indústria impulsionada pela política de valorização cambial e pela transferência dos excedentes do setor agroexportador para a indústria.
Tradicionalmente, para fins analíticos, subdividimos a economia por setor de atividade econômica ou departamentos.
Departamento I - produtor de bens de capital e de bens intermediários. Ex. indústria pesada ou de base, incluindo a indústria química, de aço, de cimento etc.
Departamento II - produtor de bens de consumo que pode ser ainda subdividido em dois: um departamento produtor de bens de consumo de luxo, ou de bens duráveis, e um departamento de bens de consumo simples ou não-duráveis.
Getúlio percebeu rapidamente a necessidade de implantar o departamento I e fortalecer o crescimento do departamento II. Tratou então de criar e colocar em andamento os seguintes empreendimentos estatais: - Companhia Brasileira de Petróleo - Petrobrás - Companhia Siderúrgica Nacional - CSN - Companhia Nacional de Álcalis - CNA - Companhia Vale do Rio Doce - CVRD - Desenvolvimento e envio do projeto da Eletrobrás que efetivamente foi aprovado pelo congresso somente 10 anos após. As bases de financiamento das atividades produtivas Como havia nítida falta de interesse dos governos das principais nações e também do capital privado nacional e estrangeiro em assumir maiores riscos em novos investimentos em nossa nação, os investimentos voltados ao Departamento foram majoritariamente bancados pelo governo.
É importante ressaltar que o capital privado nacional e internacional neste período priorizaram os investimentos no Departamento II em razão de menores riscos de