Fotógrafo de Guerra

Fotógrafo de Guerra

Há quem diga que uma imagem vale mais do que mil palavras, há quem discorde. Porem, Nachtwey valida esse pensamento com suas imagens. Em suas fotos estão estampadas suas emoções, seus sentimentos, diante daquela cena, na maioria das vezes triste e chocante. O que esse fotografo de guerra faz não é simplesmente documentar e denunciar situações de injustiça e violência ocorridas para se tornarem conhecidas mundialmente. Cada imagem possui um pouco dele, intelectualmente falando – por meio da técnica e estética, e emocionalmente também.
O filme nos conta a história de James Nachtwey, um fotojornalista americano, que cobriu vários conflitos armados nas últimas décadas. O fotógrafo foi tocado pelas fotos da Guerra do Vietnã, elas tiveram grande influência na escolha de sua profissão. Em uma das primeiras cenas, ele fotografa uma mãe chorando a morte de seu filho, demonstrando a força que suas imagens possuem e o quanto ele estava próximo da situação, mas que não poderia interferir. Apenas registrar o momento tão doloroso para aquela mulher, essa é a verdadeira face da guerra, sofrimento, lágrimas e morte.
Na Somália ele faz imagens, que servem de alerta para o mundo. Pessoas estão morrendo e o capitalismo só se preocupa em lucrar. Onde está a compaixão das pessoas? Por que o mundo não olha para eles? Aquelas pessoas já passaram do limite da pobreza, aliás, ultrapassaram o limite da dignidade humana. James queria mostrar isso para todos. Mas hoje, infelizmente, as pessoas estão cada vez mais individualistas. O ter se sobressai ao ser.
Nachtwey é um fotógrafo que se preocupa com o sentimento dos envolvidos na guerra, mas em contrapartida tenta ser insensível a ponto das emoções não interferirem negativamente em seu trabalho. Mesmo diante de tanta miséria, dor e destruição ele consegue captar o sentimento das pessoas e a essência dos acontecimentos, estando sempre “dentro” de tudo aquilo que está acontecendo, deixando de ser apenas um observador