Filosofia
Como diz oautor, “este não é um livro só para ser lido. Ele contém materiais para serem trabalhados.”
A principal função do livro é desmitificar a idéia que se tem da ciência: uma “autoridade”, que fica acima das pessoas comunse que está sempre correta, e por isso devemos todos segui-la
O autor aproxima a idéia de ciência da idéia de senso comum, sob vários aspectos. Ele afirma que ambas são expressões da necessidade humana de compreender o mundo.
O autor prefere não definir o que é senso comum, porém dizque nele se encaixam todas as coisas que não são ciência, ou seja,tudo aquilo que usamos no nosso dia-a-dia.
Já a ciência o autor define como um aprofundamento de certa parte do senso comum eum controle disciplinado do mesmo.
Rubem Alves também nos mostra que, mesmo tratando-sede situações em que atuamos na resolução de problemas usando o nosso senso comum, procedemos de uma maneira muito parecida com a que é usada na ciência: tomamos consciência do problema,construímos um modelo que seria o ideal, ou seja, a maneira da qual as coisas estariam organizadas se tudo estivesse em ordem,elaboramos hipóteses sobre o problema, ou seja, simulações ideaisdas possíveis causas do problema, e finalmente testamos nossashipóteses. E não é preciso ser nenhum cientista para fazer isso, o que é mostrado em vários exemplos utilizados pelo autor,principalmente o do carro.
Por fim, Rubem Alves declara que a ciência, hoje, está bastante defasada, pois não encontrou, até hoje, sua legitimaçãoao lado do conhecimento.
Ele sugere que ela deve estar ao lado da bondade. Abandonar a obsessão pela verdade para se perguntar sobre o seu impacto sobre a vida das pessoas. “A bondade não necessita de legitimações epistemológicas.”
Portanto,seu livro tem seu “fim” na afirmativa de que a ciência, do jeito que está, não ajuda tanto quanto promete.
Considerei a leitura do livro de