etnologia

“Hoje não dá pra fazer nada, nem o bem”: apontamentos etnográficos sobre o acesso de famílias a programas sociais de assistência. 1

Fabíola Mattos Pereira;
Mestranda em Ciências Sociais / Bolsista CAPES;
Universidade Federal de Pelotas / RS.

Resumo:
Este trabalho se propõe apresentar os resultados parciais da pesquisa de dissertação de mestrado em Ciências Sociais “Acessos, inclusões e mediações: Estudo sobre as relações entre redes de assistência e famílias de classes trabalhadoras em Pelotas / RS”. O recorte realizado tem por objetivo discutir o ponto de vista de sujeitos engajados em ações de mediações nas redes de assistência às famílias em duas localidades da cidade de Pelotas / RS, sejam remunerados ou voluntários. Focando-se estes sujeitos pretende-se perceber de um lado o contexto e as condições em que ocorrem as mediações junto às famílias, e por outro lado, as situações que favorecem fraturas nestas relações, momento em que surgem os distanciamentos e incomunicabilidades. Ou seja, o estudo pretende apresentar que as práticas do Estado, das ONG’s e das igrejas, para além do encaminhamento e acompanhamento das famílias no acesso à justiça e aos direitos sociais (situações de intervenções mais freqüentes) vem acompanhadas de um conjunto de expectativas, as quais devem ser observadas pelas famílias, sobretudo pelas mulheres, que na maioria dos casos são percebidas como o principal agente mediador dentro das famílias.

Palavras-Chave: Famílias, Mediações e redes de assistência.

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Trabalho apresentado na 26ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 01 e 04 de junho,
Porto Seguro, Bahia, Brasil.

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Introdução:
As questões desenvolvidas no presente neste artigo têm como ponto de partida a análise de um recorte da pesquisa de dissertação de mestrado em Ciências Sociais da
Universidade Federal de Pelotas: “Acessos, inclusões e mediações: estudo sobre as relações entre redes de assistência e famílias de