Escola em ciclos

O texto "A implementação dos ciclos de formação em Porto Alegre: para além de uma discussão do espaço-tempo escolar", fala do processo de implementação dos ciclos nas escolas de Porto Alegre. Critica o ensino por séries, pois os professores repassam o conteúdo que deve ser estudado naquela série, além de ser totalmente descontextualizado, pois segundo Andréa Rosana Fetzner, "o trabalho escolar compartimentado e repetitivo muitas vezes gera a alienação do próprio professor sobre seu próprio trabalho: o professor vê os conteúdos que deve ensinar, em que ponto desses conteúdos se encontra e aonde deve chegar até o final do ano letivo." (p. 52) Podemos perceber que todo o processo é padronizado, ensina-se o conteúdo, realiza-se uma avaliação, torna-se a ensinar outro conteúdo e assim por diante, os alunos que não conseguem atingir os objetivos são reprovados, pois a escola é aquela que "propõe regras, validações, punições que buscam moldar o sujeito educado."(p.52)
A implementação dos ciclos em Porto Alegre despendeu grande empenho por parte da escola, da secretaria de educação e de todos os integrantes da comunidade escolar. Pesquisas foram feitas para atender da forma mais adequada possível os alunos, tentando aproximar os conteúdos da realidade, reagrupando-os por idade.
A participação da sociedade foi fundamental pois "ao discutir coletivamente seus problemas, a comunidade construía sua articulação, os problemas deixavam de ser individuais e passavam a ser contextualizados nas necessidades coletivas." (p. 58) Com os ciclos, o corpo docente tinha a liberdade para trabalhar com interdisciplinaridade, buscando novas formas de ensinar os conteúdos.
Assim como se criticou o ensino por série, também há criticas sobre o ensino por ciclos: "a crítica ao projeto incluiu, com muita frequência, a interpretação de que essas escolas não têm ensinado o suficiente e de que isso seria resultado da não reprovação"(p. 62). Para que a aprovação automática seja funcional é