Educando pela igualdade social
SILVÉRIO, V. R.; ABRAMOWICZ, A.
Os autores do artigo em questão trazem uma citação bastante coerente para se pensar e discutir, onde se destaca Hasenbalg (1987:26)1, que dizia em sua investigação a partir dos resultados da pesquisa concluída pela Fundação Carlos Chagas, onde ilustra dois fatores que explicariam a diferença de rendimento escolar entre alunos ricos e pobres, brancos e negros, entre eles temos: “Um mecanismo de recrutamento, ou seja, o aluno negro, ou, o aluno pobre é absorvido pela rede escolar de maneira diferente do aluno de classe média, ou, não pobre; uma vez constituída esta clientela socialmente homogênea, os professores atuam no sentido de reforçar a crença de que os alunos pobres e negro não são educáveis.” Complementando a citação de Hasenbalg, demais pesquisas feitas no decorrer do ano de 1982 pela PNAD (pesquisa por amostra de domicílios), ficou evidente que o rendimento escolar dos alunos negros e pardos estão abaixo do que dos alunos brancos, tanto para índice de exclusão, repetência e atraso escolar. Tais estudos de um modo geral mostram claramente que há diferenças nas trajetórias entre crianças brancas e negras, de acordo com as citações de Rosemberg (1991) e outros que são destacados pelos autores. Até os dias atuais, ainda existem vários tipos de discriminação com os alunos negros e pardos, causados por outros alunos e até mesmo alguns professores. Essa imagem de inferioridade, submissão e ignorância por parte dos que praticam o preconceito e a discriminação, precisa ser excluída de nossa sociedade, pois em pleno século XXI, onde todos os cidadãos têm acesso às informações, notícias, leis, e aos diretos humanos, é entristecedor para os que não apoiam essas ações, ver tal postura e tamanha falta de caráter ainda sendo cometidas. Campos Jr (1999)², investigou “o que a menina negra aprende na escola sobre a tradição da sua cultura e a valorização de sua etnia” e concluiu que a