Descriminação Racial: a realidade da escola
Carlos Henrique Pimenta Pereira2
Cláudio França Araujo3
RESUMO
O Brasil é um país composto por várias etnias: europeus, africanos, índios e outros povos que compõem a sociedade brasileira. Essas variações étnicas se refletem no espaço onde se inicia a vida cultural de um povo, a escola. A escola é um lugar onde cria e constrói conhecimento e nesse ambiente escolar as concepções étnicos e raciais, como por exemplo, a discriminação racial, ainda é discutida com rejeição por parte de alguns educadores. Diante desta realidade, iremos abordar neste artigo a discriminação racial no âmbito escolar, ressaltando como o tema é visto e discutido na relação professor e aluno. Para tanto, realizamos uma pesquisa de campo na escola Dom Ungarelli, no período de 02 a 06 de dezembro de 2013, entrevistando um representante da equipe gestora e dois alunos do ensino médio, buscando encontrar possíveis situações que geram o preconceito racial e apontar possibilidades de enfrentamento à situação apresentada.
Palavras- chave: Escola. Discriminação racial. Professor. Aluno.
1 INTRODUÇÃO
Apenas há algum tempo a temática da discriminação racial na escola vem sido discutida com mais ênfase. No Brasil, principalmente, as questões raciais estão relacionadas com o período da escravidão, quando se fez necessária a mão-de-obra escrava pela não-adaptação dos índios que aqui viviam em tal condição, e as idéias sobre a escravidão passaram a ser disseminadas pelos letrados coloniais (SILVA, 2005). Discriminação racial é denominada por alguns autores como qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou efeito de impedir ou dificultar o conhecimento e exercício, em bases de igualdade aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública. Apesar do preconceituoso nem