Corpo como fator de exclusão

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Aristóteles já dizia que o Homem é um ser eminentemente social, mas para preservar esta necessidade acaba, muitas vezes, por ser vítima de valores, regras e condutas que a sociedade se encarrega de veicular e perpetuar ao longo dos tempos.
O corpo sempre constituiu um fator de exclusão social (a História é pródiga em exemplos) atendendo à raça, de que a escravidão e o holocausto são provas cabais, ao conceito de beleza dominante, ao vestuário, à moda e à deficiência.
O texto de David Rodrigues descreve inicialmente três situações exemplificativas de juízos de valor feitos como que inconsciente mente uma vez que estão profundamente enraizados preconceitos em relação quer a minorias raciais ou étnicas quer em relação a pessoas portadoras de deficiências físicas. Estes valores que nos são inculcados dependem, também eles, de uma relação de poder instituído, do mais forte e do mais fraco, sendo que as nossas atitudes e o nosso corpo, acompanham o que nos é ditado pelo regime, pela ideologia ou cultura dominantes.
David Rodrigues refere duas perspetivas divergentes que assentam, em última análise, a nosso ver, no papel passivo (predeterminado) ou ativo (assertivo e capaz de autonomia) do individuo em relação ao meio envolvente. A moda, o vestuário, o conceito de beleza, estão dependentes de tendências instituídas e veiculadas por uma sociedade que as manipula de acordo com os seus interesses e que as massas seguem. Por outro lado, o que o autor refere como Identidades Corporais Impressas, podem ser manifestações de um corpo que rejeita uma determinada ordem social.
Antes de se reportar ao fator idade e à discriminação de que é alvo um corpo envelhecido, o texto menciona o aspeto que mais nos interessa: a exclusão social devido à deficiência, cujo conceito remete diretamente para as falências ou insuficiências do corpo e da “invisibilidade social” com a qual tem que lidar diariamente.
São descritos três preconceitos comummente aceites em relação à pessoa

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