Comentário de didática, baseado nas ideia de dewey

O interesse como exercício do “eu”.

O interesse passa a ser um elemento importante na educação a partir do século XIX e desde então tem sido tema recorrente entre as discussões dentro e fora da escola, seja em âmbito formal ou em rodas informais de conversa. Hoje, usa-se a problemática com o interesse nas atividades escolares, como causa para a dispersão, falta de atenção e baixo rendimento escolar. Com base nessa preocupação, surgiram ao longo dos anos, algumas teorias para conceituar e explicar essa relação interesse e aprendizado. Um dos primeiros a trabalhar o conceito de interesse na educação foi Johan Herbart, pra ele o interesse é externo ao individuo, sendo assim é produzido por uma relação passiva. Onde o interesse vai ser determinado pelo objeto e o que excita o sujeito é a forma como este é apresentado a ele. Apenas depois que esse interesse se torna consciente converte-se em desejo e vontade do sujeito. Outro que também estudou essa noção de interesse foi Dewey, porém pra ele o interesse é ativo, pois esta ligado a própria ação do sujeito. Para ele o objeto faz parte da atividade e é uma ação consciente , sendo assim só vai interessar ao sujeito quando este favorecer a concretização da sua atividade. Para Dewey, tem que se levar em conta a individualidade de cada aluno e não presumir que todos funcionam da mesma forma, só assim será possível que o aluno tenha um aprendizado eficiente, já que este vai se interessar apenas por aquilo que tomar consciência de sua relação. Quando isso for alcançado aí você terá a atenção do aluno. Assim como para Dewey, para Edouard Claparède não é possível um ato sem interesse. Porém enquanto para o primeiro o interesse exprime a relação do individuo com o objeto sendo este uma ação consciente do individuo, para Claparède as coisas só se tornam interessantes, na medida em que se relacionam com uma necessidade do sujeito. Mas, o individuo sempre visa o objeto e não o desaparecimento da necessidade,