Ciberativismo Atual

As redes sociais são objetos de revolução nas sociedades informatizadas, já o foi o correio electrónico, mas a aparição das redes foi mais uma volta; o seu carácter multifuncional, o bate-papo, correio, blog, galeria de fotos, foros e demais, permite uma maneira ágil de se relacionar com pessoal afim em todo o mundo, ou mesmo da tua área mais próxima, encontrar gente com interesses comuns e mesmo convocar reuniões, concentrações e outro tipo de atos assegurando-se de que um número considerável de pessoas vai ter constância da convocatória, inclusive com possibilidade de que as pessoas convocadas tragam ideias, etc.
Há muitas pessoas que pensa que se pode ser um grande ativista a partir de um fórum da internet, de um blog ou de uma rede social. Eu crio uma causa ou um evento numa rede social e consigo 500 ou 1.000 adesões e penso que está a acontecer uma coisa importante. Na realidade, se eu pensar isso, esquecendo-me de uma circunstância; que essa causa ou esse evento na maioria dos casos nunca transcenderá da própria rede social na qual se criou e isto é um entrave nada desprezível. Isso, para não mencionarmos que aderir a um evento de uma rede social não compromete a nada. Apenas implica fazer clique no "sim". Que 50 pessoas digam numa rede social que vão assistir a uma concentração contra os bombardeios na Líbia depois de amanhã ou dentro de duas horas, não significa que vão aparecer as 50, de fato até pode não aparecer nenhuma. Outra coisa é que um grupo humano da natureza que for decida utilizar uma determinada rede social para difundir certas convocatórias entre si, mas nunca as adesões a um evento numa rede social som indicativo de nada. Interiorizar isto seria fundamental para não cairmos em visões distorcidas da realidade e, portanto, não cairmos também no erro de criar expetativas falsas arredor de uma convocatória e o seu hipotético seguimento.
A questão é que, influenciados ainda que seja de maneira inconsciente por estes mitos da sociedade burguesa,