CAU - relatorio

Em visita à Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul – segunda entidade a receber visita de um representante do CAU-RS – a Arquiteta Gislaine Saibro veio falar sobre a transição dos Arquitetos Brasileiros do CREA para seu próprio Conselho, o CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).

O CAU foi criado a partir da Lei n.º12.318 de 31 de Dezembro de 2010, onde ficam fixadas nesta lei todas as atribuições de um Arquiteto e Urbanista, diferentemente do CREA, que tem as atribuições dos seus filiados em resoluções.

Porque sair do CREA?
O CREA é um conselho multifuncional, atende às áreas da engenharia, agronomia e alguns tecnólogos, os arquitetos apesar de comporem a maior câmara dentro do CREA, sentiam-se desrespeitados, entre os assuntos abordados eram em maioria os da área das engenharias. Em 50 anos dentro de um conselho os arquitetos nunca conseguiram uma visão e uma atenção aos seus interesses e atribuições.
Em virtude destas, os arquitetos e urbanistas acharam que era a hora de ter seu próprio conselho, onde será discutida exclusivamente assuntos referentes à área.

A transição
Como todo casamento quando é desfeito, existe a separação dos bens. Com a criação do CAU não foi diferente. O CREA teria recursos financeiros (também fixados por lei) a dividir com o CAU. Acontecendo como o planejado, o CAU teria recursos iniciais pra sua estruturação de forma ágil.
Mas a realidade saiu diferente do previsto. O CREA não repassou recursos para as eleições, alegando que só repassaria para a transição. Os 10 milhões de reais que deveriam ser repassados ao CAU, até hoje não foram liberados e está correndo processo em juízo para receber o repasse.
Sem recursos, o CAU teve que se estruturar rápido, formar conselhos nacional e regional, colocar o site no ar e fazer as eleições (que foram pela internet), tudo em três meses. Como exemplo da falta de recursos a Arq. Gislaine citou a situação do site do CAU que estava pronto há 1 ano e não pode ser colocado em