Capitulo - Da liberdade

587 palavras 3 páginas
CLUBE DO LIVRO LIBERAL
Grotius ensina que os pais adquirem um poder sobre seus filhos em virtude da geração. Entretant o, ele não pretende que se tratasse de um poder absoluto. Film er o faz dizer isso. O argumento habitual é outro: os pais dão a vida aos filhos, portanto são senhores desta vida
; mas aquele que dá nem sempre tem o direito de ret omar. O pai na verdade não dá a vida, de que ele não comp reende sequer a natureza. Deus é o autor e o doador da vida e mais ainda da alma. O homem se acasala po r desejo e, freqüentemente, perpetua a raça contra a sua vontade. Se o pai tem direitos, a mãe compartilha d eles. Os pais que abandonam seus filhos agem contra a natureza, o que não fazem nem os leões nem os lobos.
Alguns chegam a comê-los. O homem cai mais baixo qu e os animais selvagens, se deixa de seguir a razão; e sua extravagância faz crer aos outros que ele é capaz d e os comandar. Filmer apresenta hábitos criminosos como provas da autoridade paterna.
Filmer invoca o Decálogo: “Honra teu pai”. S e tivesse acrescentado “e tua mãe”, teria visto qu e não se tratava de um poder monárquico. A Escritura associa quase sempre a mãe ao pai. Ela ordena a obediência aos “pais”. O Quinto Mandamento não autoriza o pai a dis pensar o filho de honrar sua mãe. O direito natural concede aos dois um direito igual à honra. Igualmente, o av ô paterno não pode dispensar o neto de honrar o pai
. A obrigação não se situa no plano da obediência polít ica, onde o soberano pode dispensar um súdito de ob edecer a outro. Filmer disse que o pai pode alienar seu poder em be nefício de um terceiro. Supondo-se que ele pudesse alienar seu direito ao respeito, o que não é garant ido, uma vez admitido que o magistrado supremo é ao mesmo tempo pai, nenhum súdito pode exercer autoridade so bre seus próprios filhos; ou, inversamente, todos o s súditos que são pais seriam soberanos. Na realidade, Deus d eu a terra aos homens e lhes ordenou obedecer e hon rar seus pais; não conferiu aos pais

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