Bossa Nova na política

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Durante a década de 50, o Brasil vivia a euforia do crescimento econômico gerado após a Segunda Guerra Mundial. Com base na onda de otimismo dos “Anos Dourados”, um grupo de jovens músicos e compositores de classe média alta do Rio de Janeiro começou a buscar algo realmente novo e que fosse capaz de fugir do estilo operístico que dominava a música brasileira. Estes artistas acreditavam que o Brasil poderia influenciar o mundo com sua cultura, por isso, o novo movimento visava a internacionalização da música brasileira. Enquanto isso, na política, a modernização através da intensificação da industrialização geraria um crescimento econômico que tiraria o Brasil da condição de mero importador de mercadorias e bens de consumo dando-lhe possibilidades de fazer frente junto ao mercado com as grandes potências. Na música a influência de outros ritmos, principalmente o jazz norte americano, daria uma nova cara ao samba e ao urbano. A bossa nova seria então o ritmo que embalaria a emergente classe média, que encontrou neste estilo musical não só um elemento de identificação sócio-cultural, mas também uma mercadoria digna de exportação. No governo de JK, o governo de Plano de Metas transformou toda a economia do país. Alvo de grande crítica, música e política se tocavam reforçando ainda mais o pensamento de que a política de Juscelino Kubitscheck estava sendo desenvolvida para uma minoria da população, para a classe média, deixando à margem os demais. E para selar esse encontro entre política e Bossa Nova, o compositor Juca Chaves escreveu em 1958, a canção “Presidente bossa nova”. A música retrata uma imagem fútil e deslumbrada pelo poder do presidente, no qual apenas mostrava interesse a estética do país e alheio as suas verdadeiras necessidades. Na inauguração de Brasília, JK pediu para que Tom Jobim e Vinicius de Moraes compusessem “Brasília, a sinfonia da alvorada”, em 1958. Os autores expressavam de forma apaixonada e poética os cinco atos de toda construção da

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