A MPB e a Década de 60
A década de 60 no Brasil foi bastante agitada. Nesse período o Brasil viveu a queda e ascensão de movimentos culturais inteiros, assim como o início do regime militar, que foi também combustível para muitos outros movimentos que surgiriam como crítica ao regime. Vamos estudar a década de 60 de forma cronológica, assimilando todos os fatos desse período com os movimentos culturais relacionados.
Bossa Nova:
No início da década de 60 no Brasil, a Bossa Nova era o principal movimento musical, movimento que teve como marco inicial o lançamento do disco “Chega de Saudade” em 1958, do cantor João Gilberto, com composições de Tom Jobim e Vinícius de Moraes (dupla que compôs muitas outros temas típicos da Bossa Nova) , movimento que trouxe uma verdadeira “revolução harmônica” nas músicas, o que demonstre um provável influência americana do pós-guerra e do impressionismo erudito de Debussy e Ravel. A Bossa foi um movimento de emergência urbana, de um período em que Juscelino Kubitschek governava o país em fase desenvolvimentista (1955-60) e concentrou-se no Rio, em apartamentos da zona Sul como o de Nora Leão, onde inúmeros músicos da época se reuniam, músicos como Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli. Dessas reuniões surgiram grupos que começaram tocando no âmbito universitário e depois conquistando espaço pelos bares de Copacabana. Período de grande “efervescência instrumental” (apesar de antes de 58, Johnny Alf já apresentava grande complexidade instrumental em suas músicas).
Em 1962 a Bossa Nova obteve grande reconhecimento internacional após alguns artistas brasileiros de Bossa Nova se apresentarem no Carneige Hall, a mais tradicional sala de concerto de Nova Iorque, artistas como Milton Banana, Sergio Mendes, Carlos Lyra, Roberto Menescal, João Gilberto, entre outros. Este show foi um marco para a Bossa Nova e para a música brasileira, que passou a chamar a atenção internacionalmente a partir de então,