Avaliação em educação
O artigo em questão traz uma discussão a cerca de como se dá a avaliação na disciplina de educação física desde os tempos da escola militarista até os dias atuais, enfocando o pensamento de alguns autores sobre o tema: a avaliação tradicional, a crítica e a emergente.
Na visão tradicional de avaliação a autora toma como base o referencial teórico de Bloom et al. (1983) e Goldberg e Sousa (1979). Ela coloca que, segundo Bloom et al. (1983), o ato de diagnosticar na educação deve vir acompanhado de uma ação coerente, no sentido de informar aluno e professor da presença ou ausência do conhecimento. O diagnóstico, para o professor e para o aluno, é, de certa forma, um meio pelo qual ambos irão se situar diante das dificuldades apresentadas.
Na visão crítica cita o referencial teórico de Depresbiteris (1989), Hoffmann (1998) e Luckesi (1998). Para esses autores, não devem prevalecer na avaliação somente os aspectos qualitativos ou quantitativos, ela deve ocorrer de forma contextualizada.
Na visão emergente, baseia-se em Gardner (1995) e Perrenoud (1999). Gardner (1995) propôs a teoria das Inteligências Múltiplas, baseada nas habilidades dos indivíduos que, não necessariamente, compõem um único tipo de inteligência. São habilidades que desenvolvemos com o passar dos anos e nas quais cada tarefa que realizamos envolve uma combinação de inteligências. E para Perrenoud (1999, p.11), segundo ela, a escola que temos tem o poder de declarar quem fracassa e quem tem êxito. Afirma que a avaliação é “tradicionalmente associada, na escola, à criação de hierarquias de excelência [...] definida no absoluto ou encarnada pelo professor e pelos melhores alunos”. Dessa forma, segundo o autor, aquele que se preocupa com os efeitos de sua ação modifica-a para melhor atingir os seus