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CAPÍTULO 1
CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 - ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Foi na prática da guerra que a logística encontrou seus ensinamentos. Das lições retiradas das vitórias, derrotas, erros e acertos decorreram as normas e princípios que a constituem.
Na antigüidade, os combatentes eram praticamente auto-suficientes, sendo que o apoio logístico às tropas não era executado em profundidade, estando restrito à retaguarda próxima aos exércitos.
O mesmo ocorria no campo naval, onde os navios de guerra serviam apenas para o transporte de tropas, não dispondo de armas nem combustíveis, pois eram movidos a remo e, posteriormente, a vela. Como navegavam muito próximos da costa, os fundeios e encalhes para o reabastecimento de água e de víveres eram rotineiros, dispensando maiores preocupações de natureza logística.
Embora Napoleão já houvesse se interessado pelas ações de apoio, o certo é que sofreu as conseqüências da falta de previsão na organização de apoio a seus exércitos, especialmente nas campanhas da Rússia e da Espanha. Faltaram víveres, rações para os cavalos, armas, munição, roupas de abrigo e transportes. Era difícil, com os conceitos da época, desenvolver atividades de apoio para 500.000 homens longe de suas bases de origem, sobre uma terra arrasada e hostil.
No final do século XIX, o navio a vapor, o transporte ferroviário, o armamento mais sofisticado e os novos explosivos foram importantes contribuições da Revolução Industrial para o desenvolvimento da guerra e, consequentemente, aumentaram os problemas de apoio às Forças Armadas, decorrente da ordem de grandeza da quantidade e da variedade das provisões necessárias para o combate.
As dificuldades persistiram no tempo e foram enormes os problemas surgidos com as ações de apoio às forças combatentes no século XX. As necessidades, em termos de material, pessoal e serviços, foram muito maiores do que as previsões. Ao aumento de massas humanas mobilizadas na Grande Guerra que alcançaram cifras superiores a 12

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