THERESE E BLIMUNDA: IDENTIDADES FEMININAS E A SUA CONSTRUÇÃO OU DISSOLUÇÃO NO LOGOS ATRAVÉS DO DISCURSO

GLEYSON DIAS DE OLIVEIRA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: LITERATURA COMPARADA LINHA DE PESQUISA: IMAGINÁRIOS CULTURAIS E LITERATURA TÍTULO: THERESE E BLIMUNDA: IDENTIDADES FEMININAS E A SUA CONSTRUÇÃO OU DISSOLUÇÃO NO LOGOS ATRAVÉS DO DISCURSO 1. Introdução Na literatura contemporânea José Saramago e Elias Canetti, cada um a seu modo, trataram de criar em suas obras personagens femininas que exercem diferentes papéis na sociedade ficcional das obras; o que muito reflete a condição das mulheres na sociedade (atual). As duas obras literárias utilizadas como marco neste trabalho são Memorial do Convento de José Saramago e Auto-de-fé de Elias Canetti. Nelas, temos Blimunda e Therese, respectivamente, que tratam de exemplificar caracteres femininos bastante distintos; o que passa necessariamente por processos diversos para uma constituição subjetiva. Blimunda, individualizada no discurso e transgressora, por se valer mais de um conhecimento assentado na subjetividade, assegura para si um estatuto ontológico mais humano, porque transcendental no trato com as coisas. Therese, com sua subjetividade negada, porque imersa na massa, pois - “na massa ideal todos são iguais. Nenhuma diversidade conta, nem mesmo a dos sexos” (CANETTI, 2011: 14), - ela renuncia à sua própria subjetividade, coisificando-a. Na figura de Therese, temos o gênero feminino permeado por uma aura difusa em que a mulher não consegue reconhecer a si mesma, ou

FICHAMENTO DO TEXTO: SARAMAGO E O ROMANCE HISTÓRICO (Nelson Rodrigues Filho) 1. [...] “O texto de José Saramago, na construção de seu universo ficcional, faz da história, matéria da literatura, estabelecendo um diálogo tenso com o passado, para buscar o sentido (a razão) da contemporaneidade. Ciente de que a vida é vivida no jogo do imaginário que se torna senso comum e a história é contada, o discurso releva a importância e os limites da memória (individual e coletiva), que…

produção de textos e a sua exposição oral, trabalhando com o aluno os mais diferenciados recursos da adequação lingüística ao nível de linguagem (vocabulário, regência, concordância e colocação pronominal), os mecanismos de textualização (coerência temática) e os mecanismos enunciativos (polifonia, modalização, tempos verbais, ordem e construções).É a língua como instrumento de comunicação e expressão na academia. Este material é uma coletânea de textos, procedimentos e metodologias…

AO ACERVO CULTURAL GUANHÃES – MINAS GERAIS 2/54 1 – INTRODUÇÃO O inventário é um trabalho técnico cuja finalidade é a identificação e investigação dos bens culturais existentes em um determinado município, desde seus primeiros habitantes até os dias de hoje. Tem como propósito orientar as ações do poder público e das comunidades para a implementação da política cultural local, bem como às ações de preservação nas esferas estadual e federal. Por se tratar de um processo…

Fichamento. Profª - Thais. Aluno - Marcos R. Alonso HISTÓRIA A palavra 'história' (em todas as línguas românicas e em inglês) vem do gregoantigo historie, em dialeto jônico [Keuck, 1934]. Esta forma deriva da raiz indoeuropéiawid-, weid 'ver'. Daí o sânscrito vettas 'testemunha' e o grego histor'testemunha' no sentido de 'aquele que vê'. Esta concepção da visão como fonteessencial de conhecimento leva-nos à idéia que histor 'aquele que vê' é também aqueleque sabe; historein…

que as listas nominativas, ao terem as informações organizadas por domicílios, permitem análises especialmente ricas sobre a estrutura da família e do domicílio. Foi graças a essa riqueza única que a historiadora Eni de Mesquita Samara pôde trabalhar, com sucesso, a presença de agregados nos domicílios de Itu, aprofundando o entendimento desse fenómeno que pode traduzir, ao mesmo tempo, tanto a solidariedade com os desvalidos quanto a indisponibilidade de terras para todos os…

que Chastel chamou de “paisagem histórica” de seu país (Chastel apud Nora, 1986:428). Mas a população não seguia necessariamente as motivações dos especialistas, o que deu ensejo à guerra de memórias. Com efeito, na medida em que a população das províncias não enxergava o caráter que se anunciava “nacional” de todas as edificações ou criações coletivas, os conflitos colocados nos objetos reapareciam e os objetos cultuados entravam em disputa. É o que se depreende da reflexão do autor:…

família de classe média no Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1987. 153 FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro, Graal, 1985. . História da Sexualidade II: O uso dos prazeres. Rio de Janeiro, Graal, 1984. . Microfísica do Poder. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1993. . História da Loucura. São Paulo, Perspectiva, 1995. . Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Petrópolis, Vozes, 1997. GADAMER, Hans-Georg. Dove si nasconde la salute. Milano, R.…

demonstrem a importância e o simbolismo do fogo, para, em seguida, escrever o seu próprio apólogo, exercitando processos narrativos. Depois de ler os poemas de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa, o texto Código do vinho em Ricardo Reis e o poema Lira II, em Marília de Dirceu, do inconfidente e poeta, Tomás Antônio Gonzaga, os alunos poderão identificar, nos textos, os intertextos que esses autores realizam com a cultura grega e, ainda, pesquisar as figuras mitológicas…

boa parte dos prontuários do Hospital-Sanatório São Luiz Gonzaga sobreviveu ao tempo e às condições gerais a que estão abandonados vários arquivos brasileiros. O razoável estado de conservação do núcleo documental apresentava, em contrapartida, dificuldades materiais para a realização da pesquisa. A ausência até mesmo de cadeira e mesa para a leitura dos prontuários, o acúmulo de poeira, as baixas temperaturas, o mofo do porão transformado em depósito de documentos e a mistura…