Serviço Social como sincretismo ideológico

Serviço Social como sincretismo ideológico Sincretismo: Sistema filosófico ou religioso que tende a fundir numa só várias doutrinas diferentes. Tende a conciliar diferentes referenciais metodológicos. Para Netto,
“o sincretismo nos parece ser o fio condutor da afirmação e do desenvolvimento do Serviço Social como profissão, seu núcleo organizativo e sua norma de atuação. Expressa-se em todas as manifestações da prática profissional e revela-se em todas as intervenções do agente profissional como tal. O sincretismo foi um principio constitutivo do Serviço Social”
O sincretismo ideológico acompanha a evolução do Serviço Social. Desde seu inicio havia a necessidade de justificar a existência da profissão de assistente social. Indo ao passado da profissão, podemos ver que de inicio, seu arcabouço ideológico estava pautado no pensamento conservador e na doutrina moral cristã da Igreja Católica.
O Serviço Social surge como uma necessidade do Estado para intervir nas expressões da “questão social”. As demandas sociais legitimam a profissão, oriundas das contradições existentes na sociedade capitalista. Com o passar do tempo, os profissionais “perceberam” que o arcabouço teórico conservador não “funcionava” mais para conter as refrações da “questão social”. Assim começou o movimento de reconceituação dos profissionais, tentando libertar-se do conservadorismo e buscando conhecimento cientifico sobre a realidade. A materialidade do capitalismo em cada país, assim como as expressões da “questão social” de forma peculiar e a cultura de cada, imbrica nas respostas peculiares dos agentes as problemáticas que se defrontam.
Nessa busca por novos conhecimentos, é perceptível que duas linhas ideológicas foram importantes para a consolidação da profissão: a europeia e a norte-americana. Da influencia europeia, o Serviço Social bebe da água do conservadorismo da doutrina social da Igreja Catolica. Isso se passa nas décadas de 20 e 30. Nas décadas de 40 e 50 o Serviço