O violão no piauí

O VIOLÃO NO PIAUÍ

por Erisvaldo Borges (violonista e compositor)

O violão é sem dúvida alguma o instrumento mais cortejado e admirado pelo povo brasileiro, de norte a sul a sul do país encontramos admiráveis executantes deste simpático e enfeitiçador instrumento que foi trazido para cá pelos nossos colonizadores. Encará-lo como profissão é algo mais recente. Durante muito tempo tocar violão era coisa de desocupado. Somente neste século alguns corajosos começaram a encará-lo profissionalmente. Isto começou pelo centro-sul do país, mais notadamente em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde as informações primeiro chegavam (e ainda chegam). Uma das causas para essa nova atitude perante o violão foi, sem sombra de dúvidas, as inovações técnicas trazidas pelos pioneiros, brasileiros ou que por aqui estiveram, Isaias Sávio, Agustin Barrios Mangoré, Américo Jacomino, entre tantos outros. Essa geração foi a grande responsável pela introdução dos cursos de violão em escolas, antes impossível de serem realizados. Isso fez com que o violonista brasileiro, que até então tocava mais com o coração do que com os dedos, passassem o melhorar tecnicamente e com isso poder alçar vôos mais altos, como por exemplo a carreiro de concertista ou mesmo de professor. Isso começou a acontecer por volta dos anos 20. No Piauí movimento violonístico ainda está começando. Estamos praticamente na mesma situação na qual encontrou Isaias Sávio ao chegar no Brasil (em São Paulo) nos anos 20. Não temos notícia de nenhum violonista profissional em tempos atrás. O que existiu, e ainda persiste, é um modesto leque de amantes do violão que tocavam apenas para o seu deleite e que na sua quase totalidade toca de ouvido. Essa geração, na sua maioria, foi influenciada principalmente pele lendário Dilermando Reis. Nos dias de hoje, está começando a aparecer um ou outro interessado em encarar o violão como arte (profissionalmente), seja como professor (a quase totalidade) ou como