O tratado sobre a moeda e a teoria geral de keynes

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O ponto de partida do Tratado sobre a moeda e da Teoria Geral, de Keynes, está na mudança do caminho pelo qual a moeda era percebida. Esta passa a ser um ativo que pode ser mantido como poder aquisitivo na forma pura, para ser gasto em alguma data futura indefinida, sendo assim uma forma de riqueza. Desse modo, a moeda torna-se um elemento fundamental para a teorização de um sistema econômico que é inescapavelmente monetário.
A primeira mudança desta abordagem em relação à ortodoxia parte da identificação de uma circulação financeira, que quebra a ligação única da moeda com a circulação de bens, a qual Keynes chamou de circulação industrial. Nessa última, a moeda é meramente usada para facilitar a circulação de bens. A circulação financeira, por sua vez, inclui as operações com ativos e estoques de riqueza e não necessariamente se relaciona com a troca de bens. A moeda é tida como uma forma de espera (especulação)sobre os valores dos ativos.

Em contraste com a economia monetária da produção, estaria o que Keynes chamou de economia de troca, uma economia em que a moeda é uma ligação neutra entre transações com ativos reais e não afeta motivos e decisões. Os consumidores estariam maximizando sua satisfação individual. Para o autor, essa teorização do ambiente econômico não se ajusta à realidade. Em sua visão, alguns princípios presentes no ambiente econômico levam a moeda a influenciar as decisões econômicas, que são orientadas pela busca de lucros.
No intuito de entender a operação de uma economia monetária da produção, podemos elucidar alguns princípios fundamentais formulados por Keynes a fim de caracterizar tal economia, que é para o autor permeada pela incerteza, decorrente da descentralização das decisões e do futuro desconhecido.

A elaboração keynesiana parte do chamado “princípio da produção”, segundo o qual se reconhece a individualidade das firmas. A produção é “representada” pelas firmas com uma visão para obter lucros. Pensando em termos

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