o sentido da vida

Terá a vida humana sentido?

Lara Cristina Duarte Oliveira

Escola Secundária de Bocage
11ºano de Filosofia
Turma B
Neste ensaio discute-se o problema de saber se a vida humana tem ou não sentido. Neste contexto, caso a resposta seja afirmativa, podemos falar da direcção, do propósito, da finalidade da nossa vida ou do valor da nossa vida. «O problema filosófico do sentido da vida surge não quando não valorizamos a vida por estarmos deprimidos ou infelizes, ou porque a vida nos corre mal, mas quando se faz a pergunta radical: “sou feliz, mas que sentido tem isso?”».
A posição defendida neste ensaio é de que a vida humana pode ter objectivamente sentido. Certamente a grande maioria das pessoas já se interrogou acerca do sentido da sua própria vida e do sentido da vida humana em geral. É comum pensar-se, por vezes,
“(…) que a vida não tem valor, é uma coisa insignificante. Eu vou morrer e a humanidade não sentirá a minha falta. A humanidade vai morrer e o universo não sentirá a sua falta. Não passamos de uma irrelevância, simples poeira que se perde no tempo”, tal como é referido numa passagem de A Fórmula de Deus, de José Rodrigues dos Santos. E quando este pensamento surge, é tentador pensar que o universo é indiferente aos nossos destinos, e portanto que as nossas vidas não têm sentido; embora alguns filósofos que defendem isto sugiram que devemos viver como se tivessem. O que me parece ser uma forte incoerência. Uma vez que admitimos que as nossas vidas não têm qualquer sentido para quê continuar a fingir que têm?
Perguntar se a nossa felicidade é importante para o universo revela uma incompreensão crucial da natureza do valor, dado que o universo nada valora porque o universo não é um agente cognitivo capaz de valorar seja o que for. Para a nossa felicidade ter valor objectivo tudo o que temos de defender é que qualquer agente capaz de reconhecer esse valor poderá reconhecer imparcialmente o valor da nossa felicidade, e das nossas