O processo

I. O drama: As pessoas vendo processos complicados (Muto e Bruneri) buscam diversão (o parênteses da vida para se ter prazer). Para se ter isso é necessário a vida dos outros com drama, assim escolhe-se os heróis e vilões pela sociedade – Corte de Assises (tribunal Francês que julga pessoas que podem pegar mais de 10 anos) e o Teatro trazem a diversão. Casos de Rina Fort ou Condessa Bellentani foram dramáticos, parecem ser inventados, mas ninguém entre os exaltados que assistiam àqueles processos ignorava que, o que estava verdadeiramente em jogo era a vida. Como ela tem sido negada, hoje, parece essencial à crueldade da multidão em ver correr sangue na arena para que possa saciar-se, e não lhe resta, como alternativa para sentir calafrios, mais do que uma audiência na Corte de Assises. Um traço comum à representação e ao processo, é que cada um deles têm suas próprias regras; porém, se o público que assiste a um ou ao outro não conhece suas regras, não compreende nada. Contudo, se essas regras não são justas, os resultados da apresentação e do processo também não irão ser; sendo as primeiras não será uma tragédia, mas sendo a propriedade ou a liberdade, ameaça o mundo que tem necessidade de paz para cumprir a jornada, e esta necessita de justiça. O interesse público é a aréola infalível em torno do processo. Ao drama é designado o nome discórdia (os corações dos homens unem-se ou se separam); a concórdia ou a discórdia são os germes da paz ou da guerra. O processo é, por fim, um substituto da guerra. É uma forma de domesticar a guerra (o duelo). “O processo é um jogo terrivelmente sério.”

II. O Processo Penal: Dá-se para castigar os delinquentes e contraventores. Eles perturbam a ordem, a sociedade necessita disso; com a punição para ter exemplo e não cometer delitos. A justiça se é segura não é rápida, se é rápida não é segura. Processo remete a um desenvolvimento gradual no tempo. Em caso de homicídio seguir todos os trâmites processuais.