O plano real

PLANO REAL
Antes da implantação do Plano Real o Ministro da Fazenda Fernanda Henrique Cardoso junto com sua equipe cria o Programa de Ação Imediata (PAI) que tinha como intuito apresentar um conjunto de intenções para ganhar tempo enquanto sua equipe econômica trabalhava na elaboração do plano que efetivamente começaria a implantar durante sua gestão no Ministério da Fazenda e continuaria posteriormente na Presidência da República: o Plano Real. No entanto, o PAI já indicaria o caminho que seria seguido. O Plano Real, diferente dos anteriores sob a forma de um único “pacote” que foi desdobrado em oito etapas.
• Renegociação da divida externa e suspensão da moratória;
• Criação da “ancora monetária”, através da elevação da taxa de juros;
• Criação da “ancora fiscal” mediante a criação do Fundo Social de Emergência (FSE);
• Transição da nova moeda, através da criação de uma unidade de conta, a Unidade Real de Valor (URV);
• Criação da nova moeda o REAL
• Criação da “ancora cambial” por meio de valorização da moeda e da aceleração da abertura econômica;
• Implantação de um amplo programa de desestatização da economia:
• Eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República.

1ª etapa: renegociação da dívida externa A suspensão da moratória da dívida externa e sua consequente renegociação constituíam um componente fundamental do novo plano econômico. A atração de recursos externos era imprescindível para acumular as reservas cambiais indispensáveis para formar o lastro que serviria de base para nova moeda. E era impossível atrair esses capitais enquanto se mantivesse a moratória antiga.

As negociações da divida externa, iniciadas durante o governo Collor, sob Coordenação de Pedro Malan que estenderam até 15 de abril de 1994, quando, finalmente, foi selado o acordo que reestruturou a dívida externa brasileira com os bancos comerciais. Com o acordo, trocou-se a dívida antiga por novos papéis com novas condições de pagamento. Envolvendo