O Jeitinho Ético

O Jeitinho Ético
Você... Comprou CD pirata, baixou música pela internet e considera tolo quem compra original... Percebeu um colega colando descaradamente em um concurso e consegue colocação superior à sua... Descobriu seu superior cometendo algum deslize, e se cala pela garantia do emprego... Invejou o cara que, sem escrúpulos, sube na empresa...
Você... Tente se lembrar de quem foi a última pessoa que passou na sua frente em qualquer fila (banco, supermercado, jogo de futebol, consultório) pelo simples motivo de conhecer o atendente! Lembrou? Certamente não!
Você... Que foi diretamente afetado pela falta de cidadania e respeito não se lembra, por que ela não deveria ter feito? Afinal ela simplesmente usou o seu networking, tão importante nos dias de hoje. Essa rede de relacionamentos existe exatamente para obter vantagens nos negócios e no nosso cotidiano.
E outra: se você não fizer, outros o farão!
Concorda? Se você sinalizou positivamente, está na hora – aliás, já passou – de rever seus conceitos de ética, pois o favorecimento ocorrido nas situações descritas não condiz com um comportamento ético. E isso é claro!
Mas não podemos generalizar, incriminar e banalizar o tal jeitinho brasileiro, pois está enraizado em nossa cultura e no nosso dia-a-dia pessoal e profissional. Não devemos julgá-lo como o grande responsável pela indisciplina. Esse comportamento quando bem usado faz com que nossa vida fique mais leve e menos regrada, mas nem por isso menos ética.
Quantas vezes a perspicácia de uma “bela sacada” em momentos de impasse em uma reunião ou embate de ideias, supera qualquer escopo de projeto e planejamento, pois descontrai o ambiente e acalma os ânimos. Depois é só colocar o trem novamente no trilho e seguir em frente.
E estejam certos que empresas também acreditam nisso quando delegam poder aos seus funcionários, independente da hierarquia. Essas organizações são via de regra, muito ágeis e eficientes no seu dia-a-dia, porque se um funcionário