O Jeitinho Tico De Ser Anti Tico

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS

Disciplina: Língua Portuguesa I
Turma: C16
Professora: Sara de Castro
Aluno: Paulo Roberto de Oliveira Souza

O jeitinho ético de ser antiético1
Autor: Paulo Roberto de Oliveira Souza2
A sociedade brasileira (e não só a brasileira) está cada vez mais envolta em problemas éticos, como a corrupção dos políticos. Toda semana uma denúncia de esquemas formados pelos nossos candidatos eleitos, empresários e servidores públicos chega ao nosso conhecimento, sempre partindo do mesmo princípio, que é o de obter vantagem própria (no caso dos escândalos atuais, obter dinheiro de forma fácil e ilícita). Todo cidadão sabe da existência cada vez maior da corrupção entre os ocupantes de cargos públicos, e por conta disso, a credibilidade dos mesmos tem diminuído, e a fé do povo igualmente. Mas será que aquele cidadão que critica o político que desvia dinheiro da saúde ou da educação para suas contas particulares ou até mesmo aquele que comete delitos menores, como utilizar um avião de uso exclusivo do exercício da função para viagens de cunho pessoal, está apto a fazê-lo? Pode esse indivíduo apontar o dedo para o seu candidato eleito e julgá-lo?
Provavelmente, não.
Dia a dia estamos sujeitos a situações que põem à prova nossa conduta ética. E dia a dia, falhamos nessa prova. Como exemplo, pensemos nas vezes em que estamos a fazer compras e o vendedor erra os cálculos para menos, ou seja, nós saímos beneficiados pois pagamos menos. Em um caso como esse, não importa a classe social dos envolvidos. O final desse enredo será o mesmo em (hipoteticamente) 90% dos casos, que é o comprador ficando ciente do erro do vendedor e se mantendo em silêncio, deixando o erro passar para comemorar posteriormente a vantagem obtida. Quantos clientes pensariam, de imediato, que o erro do profissional seria descontado de seu pagamento ao final do mês? E que esse desconto poderia fazer uma grande diferença ao quitar suas dívidas? Ou ainda, qual cliente