O Homem Animal Social Ou Pol Tico

O Homem: Animal Social ou Político

A vita activa, a vida humana está enraizada em um mundo de homens ou coisas feitas pelos homens que jamais chega a transcender completamente;
E nenhuma vida seria possível sem um mundo que, direta ou indiretamente, testemunhe a presença de outros seres humanos. Suas atividades podem ser condicionadas pelo fato de que os homens vivem juntos, mas a ação é a única atividade que não pode ser imaginada fora da sociedade dos homens, constituindo prerrogativa exclusiva destes.
Segundo Arendt esta relação especial entre a ação e está junto tem como base a afirmação de que o homem é por natureza politico, isto é, social.
De acordo com o pensamento grego, a capacidade humana de organização política não apenas é diferente da associação natural cujo centro é o lar e a família, mas encontra-se em posição direta a ela.
Com o surgimento da cidade-estado o homem não recebeu apenas uma vida privada, mas uma segunda vida, o seu bios politikos, onde a cidade passou a ter duas ordens de existência: uma que é própria e outra que é comum.
Segundo Aristóteles, de todas as atividades presentes nas comunidades apenas duas eram consideradas políticas: a ação (praxis) e o discurso (lexis) onde se excluía tudo o que era necessário e útil. Diferente da compreensão moderna, essas palavras não eram tidas como grande expressão de pensamento.
Na experiência da polis, a ação e o discurso separavam-se, tornando as atividades cada vez mais independentes.
Ser politico e viver em uma polis significava que tudo era decidido mediante palavras e persuasão, e não pela força ou violência, pois para os gregos, ordenar ao invés de persuadir era tido como modos pré-políticos de lidar com as pessoas, típico da polis, vida do lar e da vida em família onde o chefe imperava com poderes incontestáveis.
Arendt afirma que o zoon politikos não tinha associação natural com a vida doméstica, mas o contrário. Para este, o discurso e somente o discurso tinha sentido e onde a