O Batuque

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O Batuque Como a maioria das religiões de matriz africana no Brasil, o Batuque foi trazido pelos escravos negros, oriundos do Continente Africano. Não imaginavam os colonizadores, que, junto com os negros, viria esta gama de cultura que sobreviveu à diáspora e à escravidão. Semelhante ao Candomblé, ao Tambor de Mina e aos Xangôs Recifenses na sua essência, o Batuque difere destas em algumas práticas litúrgicas, sendo que estas também diferem entre si da mesma maneira. E esta foi à designação que recebeu culto afro, que se popularizou no Sul do país.

Visão Estrutural do Batuque:

Como os negros aprisionados eram de lugares diferentes no Continente Africano, havia diferenças nas suas formas de culto. Aqueles com maior semelhança étnica constituíram subgrupos, que se denominavam Nações (ou lados). De acordo com Norton Corrêa (1992), são sete as nações “trazidas” (cultuadas) no Rio Grande do Sul: Gêge, Ijexá, Nagô, Oyó, Cabinda, Moçambique e Oyá. Pessoalmente, nunca conheci alguém que pertencesse as duas últimas citadas, provavelmente Lados já extintos no Batuque. Com o passar do tempo, as nações foram se misturando. Um sacerdote de Gêge, que por questões pessoais, se desligasse de sua Casa de Religião, buscando ajuda em outra Nação, e obtivesse o seu afrontamento nesta última, se denominaria de “Lado Gêge-Ijexá”. Passando a realizar na sua Casa de Religião Afra (Ilê), um culto (Batuque) que possuísse elementos de ambos os Lados, muito comum nos dias de hoje, pois dificilmente se exime a herança cultural da primeira Nação à qual se pertenceu.
Cabinda e Oyó são cidades do Continente Africano, sendo Cabinda uma cidade litorânea de Angola e Oyó uma cidade da Nigéria. Segundo Eduardo Fonseca Júnior (1983), os Ijexás também teriam vindos da Nigéria. Como os negros escravos em geral, eram prisioneiros de guerra, entregues aos traficantes de escravos em troca de armas ou outros produtos. Possivelmente, diversos foram trazidos escravos em meio a

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