O artesanato e a arte, a constituição na sociedade tradicional e as representações diante das mudanças na sociedade contemporânea: artigo com referências aos trabalhos de ruth benedict e friedrich engels

1219 palavras 5 páginas
1. Introdução
A Antropologia Cultural tem como ocupação o estudo da cultura humana nas diversas formas como se manifesta, seja na produção artística, nos hábitos, nas organizações ou na economia.
O artesanato é caracterizado como uma produção cultural milenar que se caracteriza pela confecção de objetos a partir de uma técnica manual. A produção artesanal é transmitida de geração para geração e é produzido em série, apesar de não se caracterizar como uma produção industrial. O artesanato também pode ser descrito como uma "arte popular". Historicamente, a produção artesanal e o conceito do que é artístico ou não sofreram mudanças na sociedade.
O presente artigo tem como objetivo central contextualizar a arte e o artesanato, demonstrando que o valor social atribuído a essas obras é construído culturalmente e historicamente, além de fazer referências com trabalhos publicados por Franz Boas, Fredrich Engels e Ruth Benedict, dando maior ênfase nesses dois últimos.

2. Desenvolvimento
No livro Padrões de Cultura, a antropóloga Ruth Benedict expressa que os traços característicos de uma cultura não podem ser entendidos individualmente, mas englobados ao todo. Em sua perspectiva, os fenômenos culturais interagem com os fenômenos sociais, e vice-versa. Por isso, para analisarmos a produção artesanal é necessário conceituá-la a partir de um histórico.
A realização do livro A Origem da Família, do Estado e da Propriedade Privada, publicado por Engels em 1884, só foi possível graças aos dados empíricos coletados e as análises feitas pelo antropólogo Lewis Henry Morgan, em particular as apresentadas no livro A Sociedade Antiga de 1877. Em seu livro, Morgan apresenta um estudo histórico sobre as sociedades a partir de uma pesquisa de campo realizada com os iroqueses, um grupo nativo norte-americano. Ele definiu três períodos do desenvolvimento evolutivo humano: a selvageria, a barbárie e a civilização. Morgan foi um antropólogo evolucionista, ou seja, seu livro foi

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