E o povo fala através do samba

5325 palavras 22 páginas
E O POVO FALA ATRAVÉS DO SAMBA O seguinte artigo é o responsável por apresentar de maneira mais detalhada possível, a realidade cotidiana dos componentes humanos, ideológicos, sociais, econômicos e culturais de uma época na cidade do Rio de Janeiro, retratada em depoimentos ou em músicas, criados por pessoas que marcaram a história e até hoje influenciam a vida e a maneira de ser do povo carioca. Esta terceira parte de nossa pesquisa, é voltada para a interpretação dos sinais presentes nas letras de samba, criadas no período que vai de 1930 a 1940.
Sendo uma característica marcante a sátira, o escárnio, a crítica social, a religião, a comida, a exaltação a mulata(herdada do lundu), o crioulo, o português, o malandro, a sogra, o carnaval, a boemia, os animais, o divórcio, o jogo do bicho, o samba, os dotes femininos, a morte, a festa, os bairros, enfim o senso comum transferido para o universo sambístico sempre com um tom de humor. Procuraremos evidenciar o talento de compositores variados, acreditando que este estudo tem a função de homenagear a cultura popular como um todo dando voz aos humildes. A técnica metodológica utilizada será a análise do discurso, com o intuito de demonstrar e descortinar a mensagem implícita nas músicas.
Embora nosso corte temporal seja a década de 1930, não poderemos deixar de citar o primeiro samba gravado em 1917, chamado “Pelo Telefone”, a respeito desse samba gerou-se muita polêmica, a primeira delas, registrada pela história oral, nos informa que por ter sido criada em uma roda de samba na casa de Tia Ciata, de maneira informal como um partido-alto, contava com a participação de várias pessoas, dentre elas o jornalista carnavalesco, Mauro de Almeida e Sinhô(José Barbosa da Silva), aliás sendo este último dono da célebre frase “ samba é que nem passarinho, está no ar, é de quem pegar”.
A música em questão, foi cantada pela primeira vez no Cinema Teatro Velo, localizado na Rua Haddock

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