A realidade das operações portuárias no brasil - trabalho

INTRODUÇÃO

O século passado foi marcado por diversas transformações, principalmente, na alta tecnologia que promoveu mudanças e inovações em todos os sistemas e setores do trabalho mundial. Este estudo foi realizado em função da importância do assunto para a economia do país, tendo em vista que a Lei de Modernização dos Portos foi sancionada em 1993 e, passado mais de uma década, ainda não é aplicada na sua plenitude, pois enfrenta grande resistência por parte de diversos segmentos envolvidos numa operação portuária. De um lado o Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, edita normas sobre o assunto, mas não as aplica efetivamente. A partir da concessão dos portos públicos para os governos estaduais, não houve o avanço esperado na área portuária. Ainda hoje exitem governantes que não aceitam a privatização das operações portuárias como solução para tornar viáveis essas operações, pois continuam gastando recursos que poderiam ser empregados em obras de infraestrutura marítima e instalações portuárias modernas para atrair a iniciativa privada. Essas obras é que estão faltando hoje em nossos portos, pois não temos canais de acesso dragados para profundidades que permitam a navegação segura de navios de grande calados. Os canais de acesso não são balizados e a faixa acostável não está devidamente preparada para a atracação desses navios. Conseqüentemente, os equipamentos modernos de carga e descarga são em número reduzido e estão se deteriorando. Por sua vez, a mão-de-obra que opera os poucos equipamentos mais modernos é reduzida e existe uma grande pressão por parte dos sindicatos para treinar toda a massa de trabalhadores portuários avulsos que não operam esses tipos de equipamentos. Hoje, o que vemos nos portos brasileiros é uma grande quantidade de navios fundeados na barra e no interior de baías, aguardando berços de atracação, pois não existe área acostável suficiente, nem equipamentos modernos e em quantidade,