A racionalização da prática da assistência
Introdução
A assistência social era relacionada à noção de caridade nos seus primórdios. Com o cristianismo associa-se a ideia de justiça social e a dimensão espiritual da assistência. O grande organizador da doutrina cristã foi Santo Tomás de Aquino (1224-1274) que irá situar a caridade como um dos pilares da fé, imperativo da justiça social aos humildes.
A assistência era encarada como forma de controlar a pobreza e confirmar a sujeição dos pobres aos donos dos bens materiais.
Na metade do século XIX vai surgir a ideia de racionalizar a assistência. Da união da burguesia inglesa com a Igreja e o Estado nasce a 1ª Sociedade de Organização da Caridade buscando dar conta dessa problemática. Funções da Assistência: Econômica, ideológica e de controle.
No final do século XIX surge a preocupação em qualificar os agentes profissionais, capacitando-os para o enfrentamento da questão social.
Desenvolvimento
O Serviço Social como profissão carrega a herança de suas origens se relacionarem à caridade. A assistência prestada era desenvolvida de modo assistencialista e paliativo, ou seja, prestava-se auxilio imediato às situações que também mereciam um “pronto-socorro”, não havia qualquer tipo de técnica ou método de trabalho. A preocupação com os pobres e com os problemas sociais e políticos, que essa população mais fragilizada poderia criar, passou a ser uma preocupação necessária à defesa da burguesia recém-chegada ao poder.
O Estado e a Igreja formaram uma aliança com a divisão de tarefas para o desempenho de uma função apaziguadora. O Estado propôs a “paz” política e a Igreja cabia cuidar da situação social, por intermédio da caridade.
A vida dos trabalhadores naquele momento tinha a marca da pobreza, pela extrema precariedade de suas condições de vida, ausência de posses e bens materiais. Essa situação de vulnerabilidade, na qual vivia grande parte da população europeia, era percebida como fator de risco ao