A natureza da filosofia

“A Natureza da Filosofia e o seu Ensino”

A filosofia distingue-se das disciplinas como a História ou a Física por apresentar poucos resultados consensuais.
Em primeiro lugar, não significa que não há resultados, há diferentes ideias de diferentes filósofos. Porém não são resultados substanciais consensuais.
Em segundo lugar, falando em resultados consensuais, podemos afirmar dois tipos de resultados, os negativos ou os transversais.
Em terceiro lugar, defender que a filosofia é fundamental e em aberto é muito necessária, o prelúdio de um elogio ao permanente “questionamento” sem rumo, ao amor pelo questionamento em si, desprezando resultados como os das ciências.
Afirmar que a filosofia é uma disciplina em aberto, sem resultados substanciais, é uma forma de fazer pouco a disciplina, de denegrir ou desmoralizar. É importante ressaltar que o caráter aberto da filosofia nada diminui o seu valor cognitivo ou social, sua seriedade acadêmica ou escolar.
A filosofia é uma disciplina que se faz pelo pensamento apenas. Não é usado laboratórios, estatísticas dentre outras forma tecnológicas. Está mais próxima da matemática, que é também uma disciplina priori.
Os problemas filosóficos se caracterizam por não ser capaz de ser estudados. E mais caracterizam também por terem um caráter iminentemente conceptual. Não sendo capaz de uma abordagem empírica ou formal.
Teorias são as ideias que os filósofos defendem, pode-se usar também o termo tese ou perspectiva. Distingue-se dos problemas que formulam e dos argumentos que usam.
As teorias filosóficas não são empíricas nem formais, porque nenhuma teoria empírica ou formal parece poder resolver os problemas filosóficos.
Os argumentos são o que sustentam as teorias. Não acontece isso só na filosofia; todas as teorias, sejam elas científicas, históricas ou filosóficas, se sustentam em argumentos.
Na filosofia, os argumentos são muito visíveis porque não há teorias consensuais. Não podemos, porém fingir que ensinar