A legalização da aposentadoria dos soldados da borracha em rondônia
Este trabalho teve como inspiração o livro Arigós a luta pelo Social, foi a partir deste livro que tivemos a idéia de fazer esta monografia, com o objetivo de conhecer melhor os fatos que envolvem o reconhecimento dos direitos dos soldados da borracha. Na verdade queríamos resgatar um pouco da história desses brasileiros que foram enganados e ludibriados pelo governo, já que este fez muitas promesas e não cumpriu nem 1/3 do que prometidou. Falta de dinheiro? Falta de vontade? Qual a verdadeira realidade do não cumprimento das promesas e foi em busca dessas e de outras questões que nos propusemos a fazer este trabalho. Foi um trabalho muito gratificante, pois tivemos que retornar à segunda guerra mundial, passando pelos dois ciclos da borracha, onde fomos buscar o significado do nome “soldado da borracha”. Qual era o real significado deste pseudonome? Descobrimos que este nome foi dado aos convocados para lutar na segunda guerra mundial, mas que não tiveram no front e, sim, vieram para o inferno verde que era a Amazônia. O governo dava-lhes a opção de ir para o front ou ir para Amazônia trabalhar na extração da seringa, que era matéria-prima importante para o desenrolar da guerra. Comandava o Decreto –Lei nº 5.225, de 1 de dezembro de 1943: “Dispõe sobre a situação militar dos trabalhadores nacionais encaminhados para a extração e exploração de borracha no Vale Amazônico e dá outras providências”. Esses homens tiveram muitas promessas, como assistência média, assistência financeira à família que ficara em sua terra, pouso, comida, um pedaço de chão para plantio da sua própria manutenção, divisão dos lucros sobre a seringa extraída ou sobre a castanha colhida. Mas, na verdade, eles não passavam de verdadeiros escravos, que nunca conseguiam pagar suas dívidas com os seus patrões seringalistas, pois o preço da borracha era comprada