A insustentável leveza do ser

O livro que vos vou apresentar neste último período intitula-se “A Insustentável Leveza do ser” é um romance acerca da condição humana aos mais distintos níveis e foi escrito por Milan Kundera, tendo sido publicado em 1984 em França, após se ter radicado no mesmo país por questões de censura política à sua obra. Filho de um grande musicólogo e pianista, a relação íntima com a música marca também a escrita de Kundera, denotando-se, neste produto em particular, um paralelismo com a partitura musical, estando o livro divido em sete capítulos, como as sete notas musicais, no qual há contínuas referências a Beethoven e às diferentes partes que compõem a sua nona sinfonia, reflectindo um balancear da relação grave-agudo no plano da dicotomia peso-leveza. “A insustentável Leveza do Ser” foi a grande obra do escritor, porém outros grandes títulos como “O Livro dos Amores Risíveis”, “O livro do Riso e do Esquecimento” e “A ignorância” que são também muito aclamados.
Quanto ao conteúdo do livro, em si, a história decorre em Praga e Zurique, em 1968, e percorre algumas décadas. É marcada pela invasão Russa à Checoslováquia e por todo o clima de tensão política muito característico do governo comunista da União Soviética.
Esta obra fala-nos do encontro e desencontro dos amores e desamores de quatro personagens: Tomas, Tereza e, de uma forma secundária, de Sabina e Franz.
Tomas é um homem jovem, bonito, que não encontra empecilhos em aventuras amorosas. Por ser um médico reformado, possui um conforto financeiro que o permite dedicar-se ao deleite da sua própria vida, coisa que faz com Sabina, por exemplo, com a qual estabelece uma relação informal cujo único proveito de ambas as partes são os encontros sexuais. E essa postura é mantida pelo mesmo com várias mulheres.
O mesmo não acontece quando se cruza com Teresa. Tomás ao contrário do que normalmente fazia, não se envolveu com Teresa no seu primeiro encontro.
Ela, que se afigura como uma entidade pura para Tomas, um