A importância do coleccionismo

Não podemos abordar esta questão sem falar dos coleccionadores primórdios e da origem do coleccionismo. Segundo o dicionário de língua portuguesa, coleccionar é reunir em colecção, ajuntar ou acumular algo. Mas não se saberá ao certo quem foi o primeiro coleccionador, pode ter sido qualquer homem da pré-história que tivesse o hábito de guardar objectos da natureza na sua caverna. A arte de coleccionar terá, sem dúvida, nascido há muitos anos atrás, no entanto, por volta do Séc.XVI, com as conquistas marítimas, a necessidade de coleccionar começa a ganhar um significado oficial, isto é, alguns homens começam de facto a aglomerar determinados objectos que por algum motivo acharam curiosos ou interessantes, e a coloca-los numa divisão própria das suas casas que prepararam de propósito para esses objectos. Obviamente que não existia ainda uma preocupação em ordenar os materiais por lógica, nem um grande cuidado ou um conhecimento de preservação das peças, mas cada vez mais, esses senhores faziam de tudo para possuir mais objectos deslumbrantes. Esses locais que, maioritariamente, tinham uma intenção de estudo, acabaram por ganhar um nome: Gabinetes de Maravilhas ou Gabinetes de Curiosidades, e começam a ter um público. Embora restrito, os amigos e os familiares do coleccionador já podem visitar e avaliar cada maravilha do mundo até então desconhecido. Mais tarde, estes gabinetes vão começando a desaparecer por várias razões. Porque as peças perderam o interesse, porque acabaram por se dispersar visto serem herdados por terceiros, por conflitos armados, ou ainda, por serem vendidas em leilões. A partir séc. XVIII, com o erguer do verdadeiro museu, muitas instituições teriam surgido e enriquecido derivadas destas causas. Hoje podemos ter acesso a objectos do passado devido às deslocações que as colecções sofreram, mas também muitos se perderam ou estão separados do seu conjunto onde talvez fizessem mais sentido. Com tudo isto, acabam por nascer