A era vaegas

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1. Governo Provisório
Ao assumir o poder em 1930, Getúlio Vargas suspen¬deu a Constituição em vigor, fechou o Congresso Nacio¬nal, as assembléias estaduais e municipais e nomeou pes¬soas de sua confiança para o Governo dos estados, os chamados interventores, em geral tenentes. Criou ainda dois novos ministérios: o da Educação e Saúde Pública e o do Trabalho, Indústria e Comércio. Patrocinou uma po¬lítica que diminuísse os efeitos da crise mundial de 1929 sobre o setor agrícola de exportação. O Estado passou a comprar o estoque excedente de café e a destruí-lo, bus¬cando controlar a oferta e garantir o preço do produto no mercado internacional. Além disso, criou órgãos de prote¬ção a outros gêneros agrícolas, como o cacau, pinho, mate, álcool e outros. 1.1 Revolução Constitucionalista de 1932
Perdendo o controle absoluto do poder político que desfrutara durante a República Velha, a oligarquia cafeeira, contudo, buscava meios para recuperar a antiga posição. Concentrados em sua maioria no estado de São Paulo, os cafeicultores chegaram a contar com o apoio da burguesia industrial paulista, reunida em torno do ideal da elabora¬ção de uma nova Constituição.
As tensões entre paulistas e Governo Federal au¬mentaram quando da nomeação de João Alberto de Lins Barros, tenente pernambucano, para o cargo de interventor de São Paulo. Em 1932, da união entre o Partido Republi-cano Paulista (representante da oligarquia cafeeira) e o Partido Democrático, surgiu a Frente Única Paulista.
Exercendo séria pressão sobre o Governo, a FUP con¬seguiu a nomeação de um novo interventor civil e paulista, Pedro de Toledo. A partir daí, intensificaram-se as mani¬festações em favor da elaboração de uma nova Carta Cons¬titucional. Em uma das manifestações morreram quatro estudantes: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, cujas iniciais formaram a sigla MMDC, símbolo da luta dos paulistas pela Constituição.
A 9 de julho de 1932, iniciou-se um movimento arma¬do que visava a depor o

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