A definir

\Prolongamento de vida de paciente terminal: sinal de qualidade de vida?

A morte é o destino inexorável de todos. Qualidade de vida; preparação para uma velhice tranqüila; um final de existência sem sofrimento, como uma flor que murcha depois de esgotado o seu tempo de plenitude. Porém, nem sempre é assim. Muitos tem o final de sua vida marcado por atrozes sofrimentos conseqüentes de enfermidades que a ciência médica não tem recursos para extinguir, consegue apenas retardar a progressão dos sintomas e o processo da morte. A estes, chamam-se pacientes terminais. Os inúmeros avanços tecnológicos e o aumento da eficácia e segurança das novas modalidades terapêuticas contribuíram para que nas unidades de terapia intensiva haja entre seus usuários um grupo especial de pacientes que se caracteriza por utilizar uma infinidade de recursos tecnológicos e, mesmo assim, apresenta resultados persistentemente desanimadores. Tais fatos motivam questionamentos quanto aos aspectos econômicos, éticos e legais resultantes do emprego exagerado de tais medidas e das possíveis indicações inadequadas de sua aplicação. Muitos profissionais afirmam ser um ônus desnecessário ao paciente, à família e à sociedade, a manutenção, por métodos artificiais, das funções cardiocirculatórias, em pacientes com morte cerebral Frequentemente, são avaliados rigor os benefícios que tais pacientes obtêm em troca de tanto sofrimento e investimento. Na última década foram testados inúmeros escores clínicos que, entre outros objetivos, tentavam identificar aqueles pacientes que mantinham essa alta mortalidade a despeito dos maciços investimentos médicos e tecnológicos. Diante de tanta polêmica o Conselho Federal de Medicina editou em agosto de dois mil e doze , uma resolução que dá ao paciente o direito de receber tratamento considerado inútil , em casos de doenças terminais ou estado vegetativo. Diante do que foi exposto, observa-se ser necessário fazer