A contracultura

4896 palavras 20 páginas
A Contracultura no BrasilAnalisar a contracultura no Brasil talvez seja um intento pretensioso, mas como a modernidade urbana introduzida pela contracultura chegou para ficar nas nossas grandes cidades, é importante interpretar o fenômeno, desconstruindo os clichês veiculados habitualmente nos meios de comunicação. Para falar em contracultura no Brasil e, querendo ir além do mero registro de um modismo, precisamos recorrer a textos de Paulo Coelho e Raul Seixas. Como boa parte do meio intelectual, artístico e jornalístico, Paulo Coelho e Raul Seixas, dois artistas intelectualizados, adotaram gestos e gírias contraculturais, lançaram um manifesto, e começaram a fazer sucesso com músicas e alguns textos em que narravam experiências, atitudes e indagações que marcaram o período, especialmente a transformação de valores que o fim da década de 60 assistiu. Em Abril de 1972, foi publicado o segundo número da revista 2001, que procurava também retratar o pensamento e o comportamento da chamada “contracultura”. O texto cita Howl (Uivo) de Allen Ginsberg: Digo que estou o tempo todo na corda bamba, e que já vi os melhores cérebros de minha geração destruídos pela loucura ou pelo esquecimento. Eu não pertenço à geração da espada nem à geração da flor. Não dancei rock, não pedi esmola viajando, não briguei em passeatas. Tudo foi acontecendo um pouco à margem, e antes que acabasse eu já tinha consumido. Por isso não pegava nem na pedra nem na guitarra. Como eu sofri, meu Deus, por causa disto. Mas o fato é que tudo acontecia dentro de mim. Só que em algumas horas eu devorava aqueles anos inteiros da vida de outras pessoas. O texto assume a postura de “anomia” social. O narrador está contra as regras vigentes na sociedade, mas não sabemos se tem algo a propor: Não vim aqui para mudar a lei, nem para estar de acordo com ela! Eu vim para contar o fim da história, escrever os evangelhos que estão faltando Eu sou o grande mito da nossa Era. Eu sou o Jovem. No entanto, eles são dois

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