A compra do Acre

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De acordo com Cervo e Bueno (2012), com base no Tratado de Ayacucho (1867), o governo brasileiro reconhecia o Acre como território boliviano. Porém, a diplomacia brasileira, após constatar que o mesmo poderia ferir a soberania do país ou a sua legitimidade no que diz respeito às suas fronteiras, visto que a região era um ponto estratégico geograficamente falando, devido ao fato de que o território só detinha acesso ao Oceano Atlântico por meio da navegação dos rios Amazônicos. Embora o Brasil tenha apoiado a Bolívia na questão do Estado Independente do Acre (que emergia na liderança de Gálvez, região esta que se encontrava em estado de revolta, visto que a maioria dos seus habitantes eram nordestinos e contestavam portanto a legitimidade Boliviana perante o território), o país era contrario ao arrendamento realizado pelo governo boliviano ( que se via incapaz de exercer a sua autoridade naquele território). O arrendamento se deu em 1901, o qual foi denominado Bolivian Syndicate, que tinha como objetivo dar o direito a empresas capitalistas de explorarem as riquezas naturais da área por meio de um consórcio, o qual teria validade de trinta anos. Esse rol de empresas era composto por empresas norte-americanas e também europeias, e o Brasil temia que os Estados Unidos pudessem desenvolver a “cobiça” existente anteriormente ao estabelecimento das relações amigáveis entre os dois países.
Rio Branco, ao assumir o cargo de Ministro das Relações Exteriores, em 1902, deu rumo diferente à questão acreana, que para o Brasil, era um impasse: ele uniu a opinião publica e o Executivo, visando uma nova interpretação do tratado de 1967. Rio Branco temia o estabelecimento de empresas europeias na região do Acre, visto que dessa maneira, a Doutrina Monroe ficaria ameaçada de ser “exercida” em sua plenitude. O Brasil não pretendia conflitar no que condiz aos interesses norte-americanos, já que o mesmo era reconhecido pela Europa como uma nova potencia, e também procurava não

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