A alma em Santo Agostinho

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
FACULDADE DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS RELIGIOSAS
Campinas, 29 de maio de 2013
Denis Aparecido Crivelari
Elton Martins Ribeiro
Rogério Almeida
1º Teologia / 1º Período
Perspectiva Psicológica – Prof. Wilson Denadai
Trabalho: “A Alma em Santo Agostinho”

A ALMA EM SANTO AGOSTINHO

Do mundo para Deus: A biografia de um seduzido

A relação de Santo Agostinho com Deus inicia-se com uma experiência interior. A sua vida é uma constante busca refletida em todos os seus atos e escritos em que ele, a partir de uma experiência pessoal, transparece a relação profunda de encontro e de amor com Aquele a quem coloca a vida a serviço. O que interessa na vida de Agostinho não é a sua história enquanto indivíduo, e sim, como homem em busca de Deus. É, de fato, marcada por erros e transformações que lhe dão experiência de vida para que, com seu testemunho, seja capaz de mostrar a transformação interior que acontece em cada ser humano.
Todo o pensamento agostiniano gravita em torno de Deus. Para bem compreender seu conceito de Deus, há que examinar os antecedentes desse conceito na própria vida do autor. Agostinho em seu livro “As Confissões” narra sua história biográfica, sua confissão. Faz uma autoacusação sem atenuantes nem complacências. É uma reflexão introspectiva que acolhe, em cada momento da vida, a presença de Deus que, para Agostinho, é mais íntima do que a própria intimidade e que traz no centro, diretamente, o Doador de todo o bem e, como reflexo, o homem, enquanto procurado e alcançado pelo bem. Trata-se realmente de uma “confissão” no duplo sentido que o latim confere a este termo: confessar a própria miséria e confessar a grandeza da misericórdia divina. “Confessarei, pois, o que sei de mim; e confessarei também o que de mim ignoro, pois o que sei de mim ignoro, pois o que sei de mim eu conheço graças a tua luz.” (AGOSTINHO, 2006, p. 270).
Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma