Viola de queluz
Universidade Federal de São João Del Rei
Disciplina: Tempo, Memória e Patrimônio
Professor: Danilo J. Zioni Ferretti
Viola de Queluz
“Um Stradivarius com sotaque das Gerais”
Trabalho apresentado ao curso de História da Universidade Federal de São João Del Rei como requisito de avaliação
Jackson Jardel dos Santos
Conselheiro Lafaiete
2010
“Queria ouvir uma bela viola de Queluz, e o sapateado de pés dançando”. [1]
“Apareceu o violeiro – fazem-se aqui muitas violas. O rapaz tocou bem a viola e melhor violão também feito aqui...”.[2]
Introdução
De acordo com a UNESCO, o conceito de Patrimônio Cultural Imaterial é definido pelas "práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural”. [3]
O conhecimento e a técnica de confecção, associados aos instrumentos existentes, fazem com que a Viola de Queluz preencha os requisitos definidos pela UNESCO e seja considerado um Patrimônio Cultural Imaterial, por possuir excepcional valor cultural à comunidade e cidade de Conselheiro Lafaiete e, desta forma ser merecedora de proteção por parte do poder público. A Viola de Queluz pode ser considerada “corpo e espírito” de uma cultura, onde o corpo que não está sepultado deve ser restaurado e exposto e o espírito deve ser revisitado, interpretado e difundido como forma de manter viva esta história.
Cabe ressaltar que esta proteção a que se faz referência não deve ser direcionada apenas ao bem material em questão, ou seja, à “Viola de Queluz”, mas também devem ser entendidas como proteção as ações de promoção e difusão da história como forma de interpretação de uma sociedade, através do